Olá, pessoas!!!!!
"Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço.."
Não dizem por aí que o ano só começa após o carnaval? Pois bem, aqui estou eu, de novo, e nosso ano, aqui no blog, começa agora!!!!! Já estava morrendo de saudades de "blogar", de postar sobre poemas, livros e etc e tal.
Sei que passei um tempão sumida, mas vocês sabem como é vida de professor e principalmente em final de ano. São provas, provas, notas, notas, recuperação e conselhos de classe infinitos. rsrsrs E depois, como ninguém é de ferro, vem as férias. Ô período abençoado... Mas, enfim, vamos parar de rasgação de seda e de lamentações e vamos ao que interessa, não é?!
O post de hoje é dedicado às minhas leituras durante as férias. E vocês não sabem que eu ia lendo e pensando " - Tenho que compartilhar isto no blog!!!" rsrsrrsrs Vejam a cabeça da pessoa!!! kkkkkk
Mas, enfim, minha recomendação de leitura para todos, seja você aluno meu ou apenas um leitor do blog - porque a gente sabe que literatura é para acompanhar nossas vidas sempre - é JOSÉ SARAMAGO. A escrita dele é muito peculiar. Ele cria suas próprias regras de pontuação e outra característica, ele não nomeia suas personagens. Ele tipifica. Como assim, você pode se perguntar? Uma personagem é, por exemplo, a esposa do médico, e não Maria, Ana etc. Essa esposa não tem nome, na narrativa. Mas nada destas, digamos, características atrapalham a compreensão. Bastam umas duas páginas para você se familiarizar com o estilo desse autor português. Outra coisa que faz seus livros serem extremamemte interessantes: ele te faz pensar E SE? Nesse caso, e se todos ficássemos cegos, como seriam nossas vidas? E o livro que vou comentar neste post é o "Ensaio sobre a cegueira". Livro que leva você, a todo momento, a refletir sobre o que é realmente importante na vida. Um livro forte, que você nunca mais esquecerá.
No início do livro, Saramago traz uma epígrafe interessante "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara." (Livro dos Conselhos) Porque olhar, apenas não é o suficiente. Nós olhamos a todo momento, mas quantas vezes nós olhamos, mas não vemos?
E na orelha do livro, Arthur Netrovski nos traz suas impressões sobre o livro. Trago alguns trechos para vocês.
"Um dia normal na cidade. Os carros parados numa esquina esperam o sinal mudar. A luz verde acende-se, mas um dos carros não se move. Em meio às buzinas enfurecidas e à gente que bate nos vidros, percebe-se o movimento da boca do motorista, formando duas palavras: Estou cego.
Assim começa o novo romance de Saramago.
(...)
"Só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são." E, de fato, o que se verá é uma redução da humanidade às necessidades e afetos mais básicos, um progressivo obscurecimento e correspondente iluminação das qualidades e dos terrores do homem."
Enfim, fiquei extremamente tocada após a leitura deste livro. Então, fica a dica de leitura!
Amanhã, comentarei sobre outro livro de Saramago, que li também nas férias: "As intermitências da morte".
Beijos e até mais!!!
Amanda