domingo, 31 de julho de 2011

MARIO QUINTANA e o engano

Olá, pessoas!!!!

     Hoje, acordei com vontade de postar algum poema de Mario Quintana, porque acho a poesia dele incrível, simples e, ao mesmo tempo, tocante. Então, fui buscar algum na internet. Encontrei e achei belíssimo, mas, para surpresa minha, o poema não era dele. rsrsrsrs Incrível!!! Aproveito que isto aconteceu comigo (não é a primeira vez!) para dizer a vocês que, ao ler qualquer texto na internet, não acreditem de cara na autoria que dão a ele, pesquisem mais um pouco. Investiguem em mais de um site para ver se as informações "batem". Existem muitos textos por aí, que dizem, por exemplo, que  são de Luís Fernando Veríssimo e que ao começar a ler, percebemos que não é dele (quem conhece o estilo dele, claro). Mas alguns textos podem confundir mesmo. Então, fica o alerta!!!!
   Outro alerta: literatura não é feita apenas pelos autores renomados e conhecido de todos. Há autores muito bons e que são desconhecidos. Então, vamos ao poema!

Certezas (Adriana Britto)

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.



Agora, trago um poema  de Mario Quintana.



Da mesma idade


Criança que brinca e o poeta que faz uns poemas

Estão ambos na mesma idade mágica!



[Mario Quintana; Velório sem defunto, 1990]




Contem o que acharam dos poemas!

Beijos

Amanda

sábado, 23 de julho de 2011

Tirar férias!!!!!

Olá, pessoas!!!!

Depois de merecidas férias (pena que só foram 15 dias), estou de volta com todo o gás!!!!!! rsrsrsrs  Para o retorno às aulas, escolhi uma crônica de Carlos Drummond de Andrade de título "Tirar férias". Esta crônica foi a escolhida, porque todo ano, quando voltamos às aulas, os alunos dizem: - As minhas férias foram chatas. Não fiz nada!" Com a recorrência desse fato, já estava pensando em que texto levar para os meus queridos alunos e vi uma referência a ele no facebook (rsrsrsrsrs! Acho que estou ficando conectada demais) e pensei : - É este!!!! E como os alunos adoraram o texto, achamos pertinente (os alunos e eu) postá-lo aqui, no nosso blog. Depois desta loooooooooonga explicação, vamos logo ao texto? Primeiro uma foto do queridíssimo Drummond!!! E antes que eu esqueça: - Edineide e os outros alunos loucos por Drummond, olha ele aí!!!!!!!!


E agora sim, a crônica.

TIRAR FÉRIAS
Carlos Drummond de Andrade

A noção de férias está ligada a figuras de viagem, esporte, aplicações intensivas do corpo; quase nada a descanso.
As pessoas executam durante esse intervalo aquilo que não puderam fazer ao longo do ano; fazem "mais" alguma coisa, de sorte que não há férias, no sentido religioso e romano de suspensão de atividades. Matutando nisso, resolvi tirar férias e gozá-las como devem ser gozadas: sem esforço para torná-las amenas. A idéia de viagem foi expulsa do programa: é das iniciativas mais comprometedoras e tresloucadas que poderia tomar o trabalhador vacante. As viagens ou não existem, como é próprio da era do jato, em que somos transportados em velocidade superior à do nosso poder de percepção e de ruminação de impressões, ou existem demais como burocracia de passaporte, filas, falta de vaga em hotel, atrasos, moeda aviltada, alfândega, pneu estourado no ermo, que mais? Quanto à prática de esportes, sempre julguei de boa política deixá-la entregue a personalidades como Éder Jofre, Maria Ester Bueno ou Pelé, que dão o máximo. A performance desses ases satisfaz plenamente, e não seria eu num mês de férias que iria igualá-los ou sequer realçá-los pelo contraste. Bem sei que o esporte vale por si, não pelos campeonatos; mas também, como passatempo, carece de sentido. Pescar, caçar pequenos bichos da mata? Nunca. Se esporte e morte acabam pelo mesmo som, para mim nunca rimaram. Havia também os trabalhos, os famosos trabalhos que a gente deixa para quando repousar dos trabalhos comuns. Organizar originais de um livro. Escrever uma página de sustância (está pronta na cabeça, falta só botar o papel na máquina!). Pesquisar em arquivos. Arrumar papéis. Mudar os móveis de lugar. E os deveres adiados, tipo "visitar o primo reumático de Del Castilho". A idéia de conhecer o Rio, conhecer mesmo, que nos namora há 20 anos: tomar bondes esdrúxulos, subir morros, descobrir lagoas de madrugada. Por último, o sonho colorido dos gulosos, sacrificados durante o ano: comer desbragadamente pratos extraordinários, sem noção de tempo, saúde, dinheiro. Tudo aboli e fiz a experiência das férias propriamente ditas, que, como eliminação das atividades ordinárias e exteriores, pode parecer estado contemplativo ou exercício de ioga. Não é nada disso. Exatamente porque abrem mão de tudo, as boas férias não devem tender à concentração espiritual nem à contenção da vontade. São antes um deixar-se estar, sem petrificação. Levantar se mais tarde? Se não fizer calor; um direito nem sempre é um prazer. Ir ao Arpoador? Se ele nos chama realmente, não porque a manhã e a água estão livres. O mesmo quanto a diversões, muitas vezes menos divertidas do que a noção que temos delas.
Divertir-se é desviar-se, e não convém que nos desviemos das férias, enchendo o tempo com programas de férias. Deixemos que ele passe, sutil; não o ajudemos a passar. Há uma doçura imprevista em sentir-se flutuar na correnteza das horas, em sentir-se folha, reflexo, coisa levada; coisa que se sabe tal, coisa sabida mas preguiçosa. Se me pedirem para contar o que fiz afinal nestas férias, direi lealmente: ignoro. Aos convites disse não, alegando estar em férias, alegação tão forte como a de estar ocupadíssimo. O pensamento errou entre mil avenidas, não se deteve em nenhuma; cada dia amadureceu e caiu como um fruto. Nada aconteceu? O não acontecimento é a essência das férias. E agora, é trabalhar duro onze meses para merecer as inofensivas e deliciosas férias do não.
Carlos Drummond de Andrade, Cadeira de Balanço,  13a Edição, Livraria José Olympio Editora.


E aí? Vocês concordam com Drummond que  "O não acontecimento é a essência das férias"? 

Quero saber o que vocês acharam, tá?
Beijos a todos,

Amanda

sexta-feira, 1 de julho de 2011

FÉRIAS!!!!

Olá, pessoas!!!!

     Sei que ando meio ausente do nosso cantinho, mas a verdade é que este final de mês foi muito corrido, com provas dos alunos, notas e afins. Mas estou aqui, de volta, para postar um texto de uma aluno meu do 1 ano A, Daniel, que gostei muito e por isso, com a autorização dele, vou compartilhar com vocês.
 Aí vai.


  A felicidade ao lado de quem ama
Fonte: www.google.com.br


                Às vezes, na vida, percebemos que a felicidade não esta no fim da jornada, mas a cada curva que percorremos para encontrá-la. Apesar dos sofrimentos que já tivemos ou ainda temos, encontramos pessoas que marcam a nossa vida um amigo um parente ou até mesmo um novo amor. 

               Um dos caminhos que percorremos para encontrar a felicidade é o caminho do amor, o amor é um sentimento universal, nós amamos de maneiras diferentes, agimos diferente e nos expressamos diferente pode ser um sentimento singelo simples e sem malícia, um sentimento único, onde muitas pessoas não sabem aproveitar.
Quando nos gostamos de alguém, muitas vezes sentimos aqueles (friozinhos na barriga, borboletas no estômago) é como aprendemos a andar de bicicleta ou quando ganhamos o 1° beijo, nós nunca esquecemos. Nunca nos esquecemos das pessoas em que amamos, quando ficamos juntos daquele (a) pessoa que nós amamos nós encontramos um novo mundo.

             Um mundo onde as pessoas são felizes ao lado de quem ama porque quando a gente gosta é claro que nos cuidamos. Ser feliz ao lado de quem ama é amar dar carinho e não querer nada em troca. Na vida nós erramos o que seria de nós sem erros? Assim não poderíamos aprender com a vida. Enfim a felicidade está durante a nossa vida as amizades, a família, de DEUS e nos momentos felizes em que vivemos nas quais nunca esquecemos, pois um bom momento dura o suficiente para lembrarmos depois. Seja você mesmo porque a vida e muito curta pra viver a vida de outra pessoa faça seus passos e seja feliz ao lado de quem ama.

                                                          Autor : Daniel Bezerra

E aí o que vocês acharam? Me contem. Eu fico muito orgulhosa de você, Daniel, por ver você desenvolvendo sua sensibilidade e suas aptidões.




Descrição: http://www.orkut.com.br/gwt/clear.cache.gif
Ah, já ia esquecendo! Nestes 15 primeiros dias de julho, vou postar esporadicamente, uma vez que estou, graças a Deus, de férias. Então, a gente se fala qualquer dia desses. Mas não deixem de visitar o blog e dar uma "fuçadinha" nos textos legais de posts anteriores.
Beijos a todos,

Amanda