sábado, 27 de agosto de 2011

DRUMMOND

Olá, pessoas!!!!

     Para embalar o final de semana, trago um poema engraçado de Drummond, pelo menos, eu acho. E todas as vezes que leio este poema para meus alunos, eles se acabam de rir!!!!
Vamos a ele?!



A bunda que engraçada (1930 - No livro "O AMOR NATURAL")

A bunda, que engraçada.

Está sempre sorrindo, nunca é trágica.

Não lhe importa o que vai

pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora – murmura a bunda – esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.

A bunda são duas luas gêmeas

em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.

A bunda se diverte

por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.

Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz

na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.

A bunda é a bunda,

redunda.  


Me contem o que acharam. Bom fim de semana para vocês. Estou indo aproveitar o meu.
Beijos,
Amanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário