terça-feira, 12 de abril de 2011

Mauro Mota e a chuva no Recife



Olá, pessoas!!!!

     Estou aqui de novo hoje!!!! Não aguentei esperar! rsrsrsrsrsrs Estamos vivendo dias de chuva em Recife e região metropolitana e, por isso, não há momento mais apropriado para compartilhar dois poemas sobre a chuva no Recife, segundo a visão de Mauro Mota.
Aproveitem!!!!!



A CHUVA CAI SOBRE O RECIFE 

A chuva cai sobre o Recife devagar,
banha o Recife, apaga a lua, lava a noite, molha o rio,
e a madrugada neste bar.
A chuva cai sobre o Recife devagar.
A chuva cai sobre o telhado das casinhas de subúrbio,
canta berceuses a doce chuva. É a voz das mães
que estão no canto de onde a chuva agora veio.
A chuva cai, desce das torres das igrejas do Recife,
corre nas ruas, e nestas ruas, ainda há pouco tão vazias,
agora passam, de capote, transeuntes
do tempo longe, esses fantasmas de mãos frias.



CHUVA DE VENTO

De que distância
chega essa chuva
de asas, tangida
pela ventania?
Vem de que tempo?
Noturna agora
a chuva morta
bate na porta.
(As biqueiras da infância, as lavadeiras
correm, tiram as roupas do varal,
relinchos do cavalo na campina,
tangerinas e banhos no quintal,
potes gorgolejando, tanajuras,
os gansos, a lagoa, o milharal.)
De onde vem essa
chuva trazida
na ventania?
Que rosas fez abrir?
Que cabelos molhou?
Estendo-lhe a mão: a chuva fria.
    
Até mais!!!
Beijos
Amanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário