Olá, pessoas!!!!
Um comentário, aqui no blog, sobre o poema "Desmatelo Azul" de Carlos Pena Filho me fez refletir um pouco mais sobre o modo como o poeta via a vida. Por isso, me deu vontade de compartilhar mais alguns poemas de Carlos Pena Filho. Aí vai o primeiro:
Tome um pouco de azul, se a tarde é clara,
e espere pelo instante ocasional.
Nesse curto intervalo, Deus prepara
e lhe oferta a palavra inicial.
Aí, adote uma atitude avara:
se você preferir a cor local,
não use mais que o sol de sua cara
e um pedaço de fundo de quintal.
Se não, procure a cinza e essa vagueza
das lembranças da infância, e não se apresse;
antes, deixe levá-lo a correnteza.
Mas ao chegar ao ponto em que se tece
dentro da escuridão a vã certeza,
ponha tudo de lado e então comece.
Não resisti e trouxe outro poema dele. Deliciem-se!!!
TESTAMENTO DO HOMEM SENSATO
Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: Ele era assim...
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.
Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.
Uma curiosidade: Carlos Pena Filho faleceu, precocemente, aos 31 anos, vítima de uma acidente de carro.
Agora deixo uma pergunta: Qual a cor que ele mais gostava? Alguém me responde? rsrsrsrsrsrs
Relembrando: adoro saber o que vocês acharam dos poemas. Não esqueçam de me contar, tá?!
Beijos
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